terça-feira, 26 de abril de 2011

Detalhes de uma defesa

É isso ai pessoal, mais um post aqui. Dessa vez vou falar sobre uma experiência em relação a defesa, pois observei que muitos técnicos se preocupam em passar coisas sobre as defesas, posturas, linhas de marcação, observei, também, que muitos apenas repetem algo que viram, pegam o conteúdo e repassam, eu já fiz muito isto e aposto que todos um dia fizeram.
Mas aqui eu venho não para falar sobre quem repete ou não repete movimento, vim pra falar sobre uma característica que não vi em nenhum DVD, vídeo, etc. Eu apenas ouvi o Ilustre Marquinhos Xavier (técnico que tenho como referência) falando sobre isto em uma palestra. Isso me fez refletir, repensar um pouco a defesa e começar a observar os comportamentos defensivos de muitas equipes, isso me levou a uma conclusão que, talvez, muitos também já tenham, sendo ela que: Independente da postura, linha ou tipo de marcação, ela somente terá sucesso se você colocar, ou tentar, o pé na bola que está com o adversário. Vocês vão falar “Ah! Isso é óbvio!” sim, é muito óbvio, mas muita gente não observa este detalhe, já assisti a vários treinamentos, participei, mas não ouvi os treinadores colocando isso para os atletas, a importância de tentar por o pé na bola. Pensam sempre em “vou marcar quadrante”, “vou marcar em primeira linha” ai passam, “você fica aqui, ele ali, nesta situação X você faz isso, na situação Y ele faz aquilo”. Não questiono ou falo mal do método de trabalho de ninguém, apensa estou colocando meu ponto de vista que sempre a equipe tem que ter a consciência de “por o pé na bola”.
Se observar eu repeti isso várias vezes já, mas é isso mesmo, eu também faço a mesma coisa nos treinamentos repito insistentemente esta frase, pois eu penso que somente assim poderá ser assimilado pelos atletas. O que eu quero colocar aqui não é o sistema de defesa que será usado é apenas o detalhe a ser inserido em sua defesa. Você pode marcar quadrante, losango, pressão, individual, misto, etc. Que se não tentar colocar o pé na bola, for mais passivo o ataque irá se aproveitar disso, pois terá mais “folga” para pensar as jogadas os passes serão mais precisos, rápidos, porque o atleta sempre terá equilíbrio com a bola e possibilidade de observar o jogo. Quando se coloca, ou tenta colocar, o pé na bola você passa a “incomodar” o adversário, ele começa a ter desequilíbrio, os passes já não são tão precisos assim, pode-se conseguir um desarme em uma bola que saia de um passe “quebrado” e, claro, o desarme na individualidade de quem está colocando o pé na bola.
Enfim, o que pretendo passar é que a defesa realmente tem melhores condições que quebrar a “manipulação” de um ataque quando começa a incomodar os atletas, então é preciso também que eles sofram um “ataque” da defesa, tentando manipular e induzir o ataque a fazer algo que possa se transformar em um erro ofensivo beneficiando nossa defesa. Não quero falar que estou certo ou errado ou que os demais treinadores estejam, porém coloco meu ponto de vista e observei realmente no jogo final de uma competição que isto foi o que fez a diferença. Então segue um abraço a todos e que eu possa ter contribuído, mesmo que pouco.

Postado por Samuel as em seu blog

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