terça-feira, 15 de novembro de 2011

Todos devem jogar


"Um apelo à sensibilidade só tem resultado efetivo quando encontra reflexão em pessoas realmente sensíveis e com poder de decisão para levar avante as mudanças necessárias.

Tomo, por vontade própria e assumo o risco de promover uma legião de opiniões adversas e até de represalias, a decisão de implorar, em nome das crianças que não têm o direito de se manifestar, pelo direito de que “Todos devem jogar”.
Apelo aos dirigentes dos órgãos que promovem o futsal que tomem para si a dor imposta a uma criança praticante do futsal que fica no banco e não entre para jogar, que seja registrado nos Regulamentos Gerais que “Todos devem jogar”.
Antes de considerar que, se a obrigação for para todos, os treinadores ficarão confortáveis às cobranças dos dirigentes quanto a não ter alcançado a vitória porque colocou um ou outro jogador que estava no banco e não deveria ter entrado em detrimento de um ou outro com mais habilidade.

Devemos considerar que o mais importante na formação de uma criança atleta, é dar a certeza de que indo pro banco, ele vai jogar. Não vai passar a vergonha pública de ter sido escalado, ter posto o uniforme, ter feito aquecimento, e no final, diante de toda a sua família, ser considerado um mero coadjuvante, tão fraco, que nem sequer entrou.
Os treinadores são cobrados somente pelas vitórias. Mas tendo a obrigatoriedade de colocar todos os atletas, eles têm que cumprir o que manda o Regulamento, e certamente aceitarão com tranqüilidade que “Todos devem jogar”.Não culpo os treinadores, não culpo os supervisores, não culpo os dirigentes, mas responsabilizo todos aqueles homens e profissionais, não importando se são dirigentes ou não, que se omitem virando às costas para os sentimentos das crianças.
Eu não tenho o poder de mudar as regras, mas como homem e pai, tenho o dever de romper o silencio e apelar pelas crianças que, se reclamarem serão penalizadas, de implorar pela sensibilidade daqueles que podem fazer as mudanças necessárias dando um novo sentido de respeito a elas."

Orlando Barros, 15 de novembro de 2011.

“Dia da Proclamação da República” e o meu “Dia Da Proclamação Pelos Direitos das Crianças”.
ARTIGO DO ORLANDO BARROS

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