Uma jogada de craque de Neymar, uma ultrapassagem arrojada de Ayrton Senna, um 'grand willy' do tenista Roger Federer ou um voo de Michael Jordan para uma enterrada. Para muitos, são esses momentos que separam os bons dos craques. Para o neurocientista Miguel Nicolelis, é o cérebro o responsável por fazer esses atletas se diferenciarem.

Nesse momento, quando o atleta consegue fazer essa fusão de um objeto artificial com o corpo dele, que ele se transforma em um cara acima da média. Pela teoria do neurocientista, os atletas veem as ferramentas que usam no esporte como extensão do próprio corpo.
Há estudos mostrando que se o tenista jogar tênis, depois você colocar ele em uma máquina, medir a atividade do cérebro dele e pedir para ele encostar o outro dedo na mão dele, ele vai pôr o dedo no final da raquete. Pois a raquete foi incorporada pelo cérebro como sendo extensão do braço.
Por exemplo, o Ayrton Senna era capaz de ajustar a suspensão do carro dele sentado no carro, no cockpit, e sentindo a pista. Ele foi um dos pioneiros em não querer almofada, não querer nada no cockpit. Era apertado, duro, para ele poder sentir as variações do asfalto e ajustar a suspensão dele.

Você já notou que todos eles põem a bola em uma configuração particular? Eles ajeitam a bola, põem o bico para cima, para o lado, porque eles criaram modelo de como o pé tem que bater nela. Para mim não é firula ou frescura, é real. Indica que o cérebro dele já mapeou o ponto de referência e criou uma nova coordenada para bater a falta.
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