Willians, volante do Flamengo, diz que habilidade para dar o bote na hora H vem das quadras. Cléber, de 12 anos, já se inspira no jogador
Não raro, vemos imagens da infância de craques brasileiros dando dribles desconcertantes no futsal. Adriano, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno e Neymar começaram nas quadras e só depois passaram a desfilar pelos gramados. O que poucas pessoas notaram é que o antigo futebol de salão também é o "culpado" por revelar bons defensores. Que o diga o volante Willians, maior ladrão de bolas do último Campeonato Brasileiro, e também oriundo do esporte da bola pesada (assista ao vídeo ao lado da matéria que foi ao ar no Globo Esporte).
- No salão, para você dar o bote, tem que ser rápido. Eu vim aprimorando isso no salão. Fiz isso desde quando vim do Santo André, de ser mais rápido que o adversário - disse o jogador.
Professor de futsal do Flamengo, Luis Antônio destaca que na quadra defender é tão importante quanto atacar.
- Como as ações são resolvidas em espaços muito pequenos, a marcação não pode falhar, não pode vacilar. Então na mesma proporção que forma craques, (o futsal) forma grandes defensores.
Além dos craques citados acima, Juan, Thiago Salles, Fabrício, do Cruzeiro, e Toró, do Atlético-MG, também começaram a dar os primeiros chutes nas quadras. No futsal, muitos levaram a sério o lema de que há horas que desarmar, dar um carrinho limpo, é tão bonito como aplicar um drible desconcertante.
No futsal do Flamengo, Cléber é um exemplo dos que seguem os passos de Willians, seu ídolo no gramado. Aos 12 anos, ele diz sonhar ocupar a função de volante
quando tentar a vida nos estádios, justamente por ter o jogador rubro-negro como ídolo. Ele descarta fazer qualquer dos dribles clássicos do futsal para se especializar no desarme.
- Só lençol não ganha jogo. Se tomar a bola, você pode partir em contra-ataque e fazer o gol - disse Clebinho, defendendo que um carrinho limpo, também é uma arte.
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