terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Atleta que Cresce o Treinador o Acompanha


O atleta que se encontra na fase de iniciação é sim um potencial esportivo que apresenta inúmeras deficiências e diversas eficiências também, caso não o fosse não teria saído da iniciação e alcançado esta etapa.

É claro que para um treinador de base a continuidade do seu trabalho - quando faço essa referência aponto para progressões em competições com a manutenção da base de atletas - é além de prazeroso e gratificante, sinônimo de resultado e/ou sucesso a longo prazo.

Mas sejamos suficientemente críticos, não direi aqui o que é certo ou errado, afinal cada um tem seus valores próprios. Farei singelas exposições de possibilidades onde existem sempre dois lados.

Após anos de trabalho desenvolvidos na iniciação o atleta atinge a especialização, etapa esta onde vivenciará enfaticamente táticas e treinamento de valências físicas, e por apresentar potencial acima da média recebe um convite para fazer parte de outra equipe. Esta equipe apresenta melhores condições ( espaço físico, auxílio financeiro, bolsa estudantil, competições mais fortes e etc..) Seria justo tirar do meu atleta a possibilidade de melhorias dentro do esporte, mesmo conhecendo todas as dificuldades para se alcançar isso? Seria justo arrancar a possibilidade que ele conquistou de crescer dentro de uma perspectiva esportiva? Seria justo segurá-lo em minha equipe a fim de sustentar certo grau de vaidade e apego?

Nós treinadores, principalmente de base, precisamos aprender que atletas não são propriedades e que se meu atleta cresce, independente de onde ele esteja ele carrega um pouco significativo de mim, assim, cresço junto também.

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