sexta-feira, 29 de junho de 2012

CABEÇA DE TREINADOR

Todos escutamos que nós,os brasileiros somos 160 milhões de treinadores. Todos entendem, todos opinam dentro da maior paixão esportiva do nosso povo. Cada um tem a sua escalação, a sua forma de atacar e defender e aquela substituição que vai mudar a cara da equipe dentro jogo, e burro é sempre o outro treinador.
Mas as responsabilidades terminam aí,quando desligamos a TV ,saímos da roda de bate papo, quando vamos embora do ginásio após os jogos.

O Treinador, aquele de verdade, fica ali a imaginar como poderia ser diferente aquele jogo que terminou e já preparando a próxima partida, como vão ser os treinos preparatórios, quem é e como joga o próximo adversário. Na nossa cabeça ou na cabeça deles vai muito mais que o jogo que se vê, senão vejamos:


Critérios: O maior evento de uma equipe é o treinamento. É ali que o atleta se escala, o treinador exercita as situações que imagina serão os jogos, faz as experiências e combinações possíveis dentro daquilo que é a melhor formação e a melhor forma de atacar e defender. A formação dos critérios, as ordens de prioridade por atletas e esquemas se solidificam aí e nisso o “técnico” de ocasião não participa. Portanto a formação dos melhores critérios para tomada de decisão é típica do que se vê nos treinos e, claro baseado no rendimento de atletas e equipe nas partidas. Por fim se deve criar um clima de confiança onde o atleta sempre saiba que os melhores sempre vão jogar, animando a todos os outros a seguir o mesmo caminho com a segurança de que o critério é para todos.
 
Relação de Confiança: Atletas e Treinadores passam e recebem confiança todo tempo. Quanto mais o atleta entre a faz as coisas acontecerem, transmitem confiança e assim mais confiança recebem terminando por formar a personalidade dos atletas que realmente resolvem e assumem responsabilidades durante as partidas.


 São aqueles que realmente fazem a diferença no seu grupo. Portanto o trabalho do treinador é um permanente passar e receber confiança a todos que comanda. Na raiz do rendimento do atleta está o grau de confiança passado e recebido pelo treinador durante as situações de jogos e treinos.

Daí a cabeça de treinador ser tão “difícil” de entender para alguns. Na hora “H”, ele como qualquer um acaba decidindo por aqueles com quem tem uma relação de confiança. Treinador não escala time sozinho nem decide só, a forma da equipe jogar. É o atleta quem se escala,treinando bem e a forma de jogar está intimamente ligado ao que seu grupo de jogadores consegue fazer em quadra. Só entende isso quem está próximo ao técnico e se acostuma com o exercício do critério mais acertado, todos os dias.

No mais dizer-se “treinador” é puro exercício de “achismo”(eu acho,eu acho,etc,etc...) dando força ao imaginário popular do brasileiro.Pense nisso e até breve.


Prof Fernando Ferretti

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