domingo, 19 de agosto de 2012

Por dentro de Xerém


Trabalho integrado de formação

Referência nacional, o trabalho de formação de jogadores no Fluminense começa antes mesmo da chegada ao Centro de Treinamento Vale das Laranjeiras, em Xerém. E também não termina ali. Além da peneira tradicional, o futsal se revela uma excelente fonte de captação de talentos e, em breve, as escolinhas vão cumprir a mesma função. Ao final da formação no CT, agora os atletas têm um projeto para transferência internacional, caso não sejam aproveitados no time profissional.
17% dos profissionais são oriundos do futsal
Os números não mentem: o futsal tricolor é um importante celeiro do futebol de base. Hoje, cerca de 40% dos atletas amadores (sem contrato profissional devido à idade) são oriundos das quadras das Laranjeiras. Já entre os profissionais (com vínculo com o clube) o percentual é de 17%. Nomes da equipe de Abel Braga como o lateral Wallace, o atacante Matheus Carvalho e o volante Rafinha passaram pelo futebol de salão do Flu. Sem contar jogadores que já se foram, como o lateral Marcelo, do Real Madrid.
– Em termos percentuais, é inegável que, até os 13 anos, o nosso futsal responde pela maior captação do Centro de Treinamento em Xerém. É um investimento com excelente custo-benefício para o clube se lembrarmos de nomes como o Marcelo (Real Madrid) – destaca o coordenador do futsal do Fluminense, Ivan Proença.
No salão, a área menor de jogo exige que o atleta pense rápido com a marcação próxima, o que requer também mais movimentação sem a bola. Esses são alguns dos fatores que explicam o bom aproveitamento na base tricolor, além da qualidade dos treinamentos.
O contato com o CT em Xerém começa ainda na categoria Sub-9 (fraldinha), em que os alunos têm a possibilidade de participar de oficinas de futebol de campo aos sábados.
Já no Sub-10 (primeiro ano do pré-mirim), inicia-se a transição para alunos selecionados, que passam a conciliar o futsal com treinos em Xerém duas vezes por semana.
No Sub-11 (segundo ano do pré-mirim), esses atletas treinam com a base três vezes por semana e, além das competições oficiais do futsal, disputam os primeiros torneios não-oficiais no campo (Copa Rio Bonito no primeiro semestre e Copa Light, no segundo).
A carga de treinos no campo aumenta para quatro vezes na semana no Sub-13 (segundo ano do mirim). Mas é na categoria Sub-14 (primeiro ano do infantil) que quem concilia futsal e campo deixa de fazê-lo, para treinar exclusivamente em Xerém. O atacante Matheus Carvalho passou por essas etapas. Ele chegou ao clube aos sete anos e, aos 13, deixou o futsal para se dedicar ao campo.
– Acho que todo jogador tem que começar no salão. Você aprende a se mover em alta velocidade, a dar toques rápidos. Todos os movimentos exigem agilidade. E já aprende a disputar decisões, clássicos e a ganhar títulos. O futsal do Fluminense foi muito importante para mim.
primeira materia
Escolinhas passam a ser centros de captação
Se o futsal é uma realidade na captação de atletas, logo as escolinhas de futebol oficiais serão mais uma ponte de acesso a Xerém, como a newsletter antecipou em junho. Nesta edição, a “Direto das Laranjeiras” dá detalhes de como será essa integração com o futebol de base, e com o clube como um todo.
As escolinhas passam a ser centros de captação regional e visitadas regularmente por observadores. Os alunos participarão de clínicas em Xerém nos fins de semana, onde vão disputar semifinais e finais de competições entre as unidades. Além disso, farão visitas guiadas às Laranjeiras e entradas nos estádios em dias de jogos. Os professores das escolas novas se capacitam na unidade modelo da Freguesia, seguindo a filosofia da base.
A reformulação faz parte da mudança do modelo de licenciamento das escolinhas para franchising. Doze representantes antigos já assinaram contrato para se adaptar ao sistema de franquias, que atrai novos franqueados – o primeiro é de Manaus (AM). Outros sete contratos estão em negociação, na Ilha do Governador e em Oswaldo Cruz, Santa Cruz da Serra (Duque de Caxias), São João de Meriti, Italva (Norte Fluminense), Brasília e Palmas (Tocantins).
O projeto, agora chamado de “Guerreirinhos – Escolinha de Futebol Oficial”, ganhou uma nova identidade visual. A integração com Xerém prevê ainda retorno financeiro para o franqueado, caso um aluno indicado pela unidade seja negociado no futuro.
– Será bom para nós representantes, para o clube, que terá um novo canal de captação, e para os alunos, que se sentirão mais próximos do Fluminense. Com o tempo vamos perceber com clareza as mudanças. Antes não havia um diferencial. Por isso, aderi de imediato ao novo modelo – diz o ex-jogador Wagner Aquino (o Tanque), que tem uma unidade oficial no Recreio.
Fonte ; Site do Fluminense Football Club

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